domingo, 19 de junho de 2011

Trabalho: Tortura eterna ou Garantia de sucesso ?

O trabalho é uma necessidade, mas a sua importância está na pretensão de cada um quando se quer alcançar uma carreira, embora muitos vêem o trabalho como um casamento, algo que um dia vai acontecer na vida de todo mundo, no  começo vai ser muito prazeroso, com o passar do tempo pode virar um tédio, mas basta um pouquinho de esforço para suportar as regras que é possível continuar ali para sempre.  Mas deixamos as metáforas de lado, e reconhecemos que o trabalho não precisa ser uma tortura, aliás, poucos devem saber da origem da palavra trabalho, e isto é muito paradoxal, pois o termo “trabalho” vem do latim "tripolium", que significa tortura. O tripolium era um instrumento muito usado nos períodos de guerra, muito semelhante a um tridente, ou era de fato um tridente daquela época, e neste aparelho o indivíduo permanecia amarrado, como se estivesse crucificado, e ali iniciava a sua sessão de tortura. Então dizer que  que “o trabalho torna o homem um ser nobre, é o mesmo que dizer que “a tortura torna o homem um ser homem”, e é de se esperar que ninguém –aceite que a tortura possa tornar alguém nobre(a não que esta pessoa seja um masoquista). A rotina do trabalho nos torna tão submissos a ele que muitas vezes nem os dias de folga nos leva a acreditar que estamos livres, e que a semana não é suficiente para todas as ocupações que conseguimos com o trabalho, e acreditem, para muitas pessoas, a segunda-feira é um dia tão excepcionalmente aguardo quanto o sábado. Mas o trabalho não precisa de méritos de que enobrece do homem, pois o homem é quem enobrece o trabalho. Certamente, o homem é o autor de inúmeras políticas, ciências, teorias e tantas outras ferramentas que ele utiliza em seu trabalho, e ele as cria por meio do trabalho, isto é, todas as criações humanas são derivadas de um esforço, de uma meta, são receitas que compõem algo de que o trabalho precisa muito, uma coisa chamada vocação. Incorporado ao trabalho, estão as vocações, os talentos, natos ou desenvolvidos, mas que sem eles não é possível começar nada, nem sequer estabelecer um fim. As vocações estão em cada um, todo mundo possui habilidades, conhecimentos, capacidades, que juntas  podem dar inicio a formação da profissão.
O ser humano é um ser polimorfo, pois tem a capacidade de ser o que quiser, basta querer. E quando resolvemos ser alguma coisa (escritor, alpinista, agrônomo, contador), impomos sobre estas profissões as qualidade reais que possuímos. Para quem pretende trabalhar em uma área que desenvolverá alguma habilidade que possui, ou alguma vocação que tem vontade de desenvolver, o trabalho se torna algo prazeroso, e só assim a pessoa é capaz de atingir uma carreira promissora. Mas para isso, é preciso exercer sua vocação sobre sua profissão, que é o contrário que seguir uma profissão sem ter vocação para aquilo, por mais que  essa profissão tenha um bom retorno financeiro. Se você tem um talento especial para se comunicar e faz isso valer em seu trabalho, pode por exemplo seguir a carreira de apresentador, professor ou jornalista, ai então o prazer, este sentimento tão importante que todos nos precisamos, começa a dar o ar da graça. Deste modo, mesmo que você trabalhe apenas para suprir suas necessidades básicas, descobrira que está gostando do que faz. Quando saímos da posição de vítimas e impomos nossos talentos sobre a atividade que fazemos, o cenário começa a se modificar.
O segundo passo vem quase naturalmente e sem esforço: na medida em que você pode encarar sua atividade não como um trabalho (tortura), mas como um espaço de prazer e de lazer, começa a configurar o estado psíquico que magnetizará, atrairá uma nova atividade que tenha mais a ver com meu novo estado de saúde energética.
Ninguém pode viver do tripolium, pois se não só irá sofrer as dores de sua tortura e não fará outra coisa se não apenas reclamar, e criar um estado psíquico que não atrai nada de novo, a não ser mais tortura, conflitos dentro de seu local de trabalho e com os colegas, com o chefe, terá um salário suado, mas que não terá valor(valor moral). Quando passamos a fazer do trabalho uma profissão prazerosa, podemos nos tornar mais e mais próximos do sucesso. É preciso muita maturidade, vontade de inovar, buscar, e ter coragem, muito mais do que simplesmente reclamar e lamentar. Vale a pena buscar o sucesso, não acha?
Abraços.
Fernando Santos.

Baseado no texto: Trabalho ou tortura? Você escolhe.(entretenimento.br.msn.com/.../trabalho-ou-tortura-você-escolhe)